quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Balanço de 2014

Cada ano que passa é mais rápido que o anterior. Não sei que mania é esta, mas uma pessoa distrai-se por uns segundos e pumba, já sei foi mais um ano.
Este foi, definitivamente, um dos meus melhores anos. Acabei o meu 1º ano da faculdade e tenho cada vez mais a certeza que estou no curso certo. Comecei a fazer voluntariado, algo que já planeava há algum tempo e, como se um não me bastasse, integrei dois. É algo que me aquece o coração e, só o facto de ter parado por alguns dias, já faz com que comece a sentir falta disso. O facto de me fazer sentir útil e poder ajudar é o melhor que posso receber. Conheci pessoas espetaculares e únicas. Algumas que já marcaram a minha vida e, por isso, já não me imagino sem elas. Redescobri grandes amizades, algumas daquelas que nem a distância (e, por vezes, alguma ausência) consegue destruir. Obrigada a todos os que fazem parte da minha vida, a tornam mais colorida e fazem com que esta valha a pena ser vivida. Os meus anjinhos da guarda.
Este ano não pareceu começar da melhor forma...pelo menos foi isso que achei na altura. Mas 2014 logo me mostrou que, não importa a forma como começas. Tu controlas a tua vida e, se quiseres mudar o rumo dela, conseguirás fazê-lo. A prova é que o meu ano não poderia ter corrido melhor. Foi um ano de muita realização pessoal. Estudei, saí, diverti-me, partilhei momentos com aqueles que mais gosto, conheci gente nova, ignorei o medo e arrisquei, mas também tive algumas deceções, errei, mudei, vivi!
2014 foi, sem qualquer dúvida O ano! O MEU ano! Vamos ver se consegues superar 2015, não vai ser nada fácil... Se for igual já não era nada mau.
Espero que tenham todos em Feliz 2015. Esqueçam as resoluções de ano novo e comprometam-se com objetivos/metas que conseguem cumprir. E comecem hoje porque, se for algo realmente importante para vocês, não precisam de esperar pelo dia 1 de Janeiro. Hoje é um dia tão bom para começar como qualquer outro. Divirtam-se. Sejam felizes.
Feliz Ano Novo!!



Lembrem-se:
Keep your heels, head and standards high,
Vanessa S.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O que Vestir? | Passagem de Ano 2015

Pois é, mais um ano passou a voar e cá estamos nós outra vez na indecisão e grande angústia de decidir o que vestir na Passagem de Ano. É noite de brilho, saltos altos, elegância (não censurando quem ficará em casa de pijama, como eu...menos a parte do pijama). Como não vos consigo abandonar quando mais precisam de mim, decidir conjugar alguns look's que vos possam inspirar para amanhã à noite:


Azul, dourado e preto. Um look clássico mas elegante. O azul ali sempre para dar sorte e um casaco porque a noite promete ser fria (pelo menos no início...).




Tentando fugir um bocadinho ao típico e conjugar um look com elementos que, muito provavelmente temos no roupeiro. É simples, calções e uma camisa. Para dar um toque especial, umas collants com pormenores (que fazem toda a diferença), um colete de pêlo, uma clutch com brilhos prateados e umas botas que poderão, ou não, ter salto.



Aqui temos o típico look tchanan! Cheguei! Vestido de lantejoulas, sapatos com brilhos, acessórios também eles muito brilhantes mas, relativamente minimalistas, para não entrar muito em conflito com o vestido e os sapatos e uma  clutch metalizada. É altura de arriscar: Go all out or go home!



Um bocadinho mais discreto mas, ainda assim adequado à ocasião. Vestido preto (com o qual nunca me comprometo), umas collants com lacinhos para dar um ar mais feminino e interessante, acessórios com detalhes dourados e prateados (quem disse que não se pode misturar dos dois?!), botins pretos e um casaco dourado para finalizar em grande. 


Não é necessário gastar rios de dinheiro para a Passagem de Ano. Procurem bem no vosso roupeiro, tenho a certeza que encontrarão peças que já nem se lembravam que tinham. Juntem-se com quem mais gostam, são estas pessoas que tornam os nossos momentos especiais. Divirtam-se!
Feliz Ano Novo!

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Keep your heels, head and standards high,
Vanessa S.

sábado, 20 de dezembro de 2014

All I Want for Chistmas is... #2

És daquelas pessoas que deixa as compras todas para a última da hora? Então olha, boa sorte com as filas (especialmente na Primark, que parece um campo de batalha!). Se, para além disto não sabes o que comprar, ficam aqui mais algumas sugestões (do que ficava mesmo bem debaixo da minha árvore de Natal):  





Um relógio é, a bem dizer, intemporal. Fica bem com praticamente tudo, há em todas as cores, tamanhos e feitios e é extremamente útil (especialmente para aquela pessoas que, por mais vezes que combinem, teima sempre em chegar 1 hora atrasada!). Eu adoro relógios! São um pouco a minha perdição e, um dourado, vinha mesmo a calhar.
Brincos pequenos são (quase sempre) uma boa aposta e uma opção mais baratinha. Eu estou a precisar de renovar os meus...
Uma mala pequena mas que, ainda assim, dê para levar o essencial à sobrevivência diária. De preferência em tons neutros pois ficam bem com tudo (esta prenda veio adiantada, e já cá canta).
E, por fim mas, definitivamente, não menos importante: CHOCOLATE! Porque qualquer Natal tem que ter gulodices à mistura não é verdade?!

Espero que tenham todos um ótimo Natal. E lembrem-se que, o segredo não está no valor do que se oferece, mas sim na intenção e no gesto de dar. Passem tempo com aqueles que gostam, juntem-se todos à volta da mesa e comam como se não houvesse amanhã. Divirtam-se! Façam memórias que não vão querer nunca esquecer! Porque, no fundo, o Natal não passa de uma partilhada com aqueles que mais gostamos e são especiais para nós. Partilhem abraços, beijos... Esqueçam as prenda materiais, isso não é, de todo, o mais importante. Sejam felizes. 
Feliz Natal!



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Vanessa S.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Diário de uma Voluntária de Saltos #5

O último dia de voluntariado foi de extremos.
Cheguei à escola, como já é rotina todas as quartas, bati à porta e, esta semana, voltei a ajuda-la com os trabalhos que a professora tinha mandado fazer. É uma trapalhona. Nunca consegue fazer o exercício bem à 1ª porque quer fazer tudo demasiado depressa e depois sai tudo a parecer um grande molho de bróculos. E lá vou eu e apago e lá toca dela de fazer de novo. Estava um bocado irrequieta mas muito meiga, insistia em dar-me abraços e beijinhos, em sentar-se ao meu colo (ai o miminho, o miminho!).
Lanchou à hora do costume e depois saímos da sala. Já vinha com uma atividade na manga e uma surpresa na mala. Fomos para a salinha de sempre e perguntei-lhe se já tinha escrito a carta ao Pai Natal. A resposta foi negativa. Disse-lhe que isso não podia ser e que tinha-mos de resolver rapidamente a situação, afinal já é quase Natal! Aceitou logo o desafio. Como ela ainda está no 1º ano e mal sabe as letras todas o alfabeto, disse-lhe para ela ir dizendo o que queria por na carta que eu escrevia. E assim foi:

"Querido Pai Natal, eu quero um tablet da Violeta, do Leo, do outro namorado da Violeta e das duas amigas. Quero a mesa, computadores da Violeta, tudo da Violeta. Para o Martim (irmão da pré), um homem aranha. Um livro de estudar para o irmão Fábio e a camisola do Benfica e a bandeira. Para a Érica e para o Fábio também um tablet. Maquilhagem para a mãe e para mim. Ferramentas para o pai porque ele tem sempre trabalhos para fazer. Para a prima Natacha...não sei bem o que ela gosta...mas, pode ser bonecas das Monster High. Para a prima Letícia cremes para os pés e para as mãos e um coiso para fazer massagens, sabes? Para a Miriam (amiga da escola) muitas coisas da Violeta.
Pai Natal, és o melhor do Mundo. Dás as melhores prendas. Muitos Parabéns. Obrigado e Feliz Natal."  

A carta foi, especificamente, escrita com uma caneta cor de rosa, e enfeitada com desenhos (uma casa, um Pai Natal meio desengonçado e uma rena estranha, feita por mim) e devidamente assinada com o nome da autora: senhora (muito dona do seu nariz) Nicole.
Enquanto isto, expliquei-lhe que estava quase a entrar de férias e que, por isso, eu só voltaria quando começassem as aulas. Perguntou-me se não podia ir passar o Natal a casa dela. Disse-lhe que não, que não iria estar cá. Então deu logo a solução de vir ela passar o Natal comigo. Expliquei-lhe que não podia ser, que o Natal era para ser passado em família. Aceitou e começou-me a contar com quem ia passar o Natal.
Como era o último dia de voluntariado deste ano, levei-lhe um pequeno Pai Natal de chocolate. Ficou toda contente quando lho dei. Não o largava por nada! Disse que o ia guardar para comer ao lanche. Quando dou por ela, já estava toda besuntada de chocolate e o Pai Natal decapitado. 
Já me andava a pedir há algumas semanas para irmos para o ginásio, por isso decidi fazer-lhe a vontade. Quando chegamos lá já lá estava uma amiga minha e a pequena dela (a famosa Miriam da bendita carta). Começaram as duas a correr e a saltar pelas sala, nos colchões... Depois teimaram em andar de patins. Como elas ainda têm umas pantufas pequeninas os patins ficavam-lhes a nadar e saiam do pé mal elas começavam a andar. Ainda assim as teimosas pareciam querer ficar sem os dentes da frente. Especialmente a Nicole que insistia em não querer que eu a agarrasse apesar de ver que estava constantemente a desequilibrar-se. 




E, como já vem a ser habitual, o problema vêm quando é hora de arrumar tudo e de voltar para a sala. É sempre a custo, depois de repetir várias vezes e de fazer uma cara séria. As coisas até estavam encaminhadas, ela já tinha arrumado tudo e já estava-mos quase a sair quando ela encontra umas folhas no parapeito da janela. Não sei o que tinham e, provavelmente, não era nada de especial ou importante mas, por algum motivo, ela quis ficar com elas. Disse-lhe para ela voltar a colocá-las no sítio, que aquilo não era dela e alguém poderia andar à procura delas. Ui! Caos! Começou a birra!

"-Mas eu quero!
-Porquê?
Silêncio...
-Eu quero, achado não é roubado!
-Não podes levar o que não é teu. Alguém pode estar à procura disso. Se fosse teu não gostavas que alguém levasse as tuas coisas.
Silêncio...
-Vai lá por isso no sítio sff.
-Não eu quero. Achado não é roubado!
-Assim vou ficar triste contigo...
Silêncio..."

Isto deve ter durado uns bons 15 a 20 minutos. Era capaz de ficar ali a manhã toda se fosse preciso, mas já tinha passado do meu tempo de voluntariado, ela tinha de ir para a aula e eu tinha de ir almoçar para não me atrasar para a minha. Ela acabou por levar a melhor.
Mal abri a porta do ginásio, ela saiu a correr em direção à sala. Entrou pela porta dentro mas veio logo espreitar, com aquele sorriso malandro, para ver se eu vinha. Ficou à porta à minha espera. Mal entro pediu-me logo um beijinho e deu-me um abraço. A birra passou depressa. Pedi-lhe que se portasse bem (coisa que ela não achou muita graça) e disse que voltava quando as férias acabassem. E lá foi ela para o lugar.

Ainda não fui lá assim muitas vezes, no entanto já noto uma grande diferença nela. Já se porta ligeiramente melhor (apesar de algumas birras que, sinceramente, também fazem parte da idade), já confia mais em mim, pela 1ª vez falou-me um pouco sobre a família... É muito bom saber que podemos fazer a diferença na vida de alguém. Adoro aquela menina apesar de, às vezes, ela me testar a paciência. Todas as semanas o meu coração mais quentinho. É verdade que, em qualquer voluntariado recebemos muito mais do que o que damos. Esta frase, só agora, começou a fazer sentido para mim e continuará a fazê-lo durante muito tempo.

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Vanessa S.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

All I Want for Christmas is... #1

O Natal está mesmo aí, e com ele trás o grande dilema "mas que raio é que eu lhe vou oferecer?!".
Pronto, não digam que eu nunca vos ajudo. Ficam aqui algumas sugestões (que não me importava nada de receber):

Um batom vermelho vinha mesmo a calhar, este é de longa duração da Kiko e estou muito curiosa para o testar.
Um cachecol daqueles mesmo grandes (que mais parece uma manta) está super na moda e é muito quentinho para o Inverno (um padrão tartan em tons neutros é sempre uma boa opção). Ótimo para pessoas friorentas como eu.
Acessórios como brincos ou fios também caem sempre bem no sapatinho (e eu preciso mesmo de "renovar" os meus brincos, já estou fartinha de usar sempre os mesmos).
Um kit de pincéis também é sempre um presente simpático para as amantes de maquilhagem (que também é o meu caso).


E vocês, o que é que querem ter no sapatinho?


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Vanessa S.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Diário de uma Voluntária de Saltos #4

Desde segunda feira que não tenho dormido muito bem. Mas não falto ao meu compromisso de estar presente todas as quartas (apesar de estar inundada em trabalhos e de ter um exame nesse dia).
No geral, não foi um dia muito difícil.
Em vez a ir buscar à sala para fazermos algumas atividades, fiquei com ela na sala durante algum tempo para a ajudar nos trabalhos que estava a fazer. Tinha de escrever os números até 5 por extenso. Tem algumas dificuldades e é bastante trapalhona. Desconcentra-se muito facilmente e isso também não ajuda nada. São uma turma de 26 crianças do 1º ano, a professora não tem mãos a medir. É uma turma demasiado grande para poder acompanhar as crianças uma a uma.
Depois do lanche da manhã que devorou em menos de um instante, saímos da sala. Estava meia aérea (como já é habitual) e não se conseguia decidir sobre o que queria fazer. Acabámos por ir para a salinha do costume e fez a continuação do concerto da semana passada. A amiguinha dela não estava a colaborar muito no espetáculo, por isso fui eu atuar. Cantou o que pareceu ser a mesma música da semana passada (o que continuei sem perceber uma palavra) e eu dancei (que nem uma parva). Depois, vá-se lá saber como, começou a cantar uma música dos D'ZRT (ai, memórias...) e aí sim, eu pude acompanha-la!
Lá para o final, mesmo quando estava quase na hora de me vir embora decide que quer que lhe leia um livro. Era da Rua Sésamo e o campo ou a quinta (já não sei bem...). Sentamo-nos nos puffs e lá ficou ela, super quietinha, como nunca a tinha visto antes (nem imaginava ser possível), a ouvir a história. O problema foi, como já vem a ser hábito, quando lhe digo que está na hora de ir para a sala e que tenho de me vir embora. Finge sempre que está a dormir mas, depois de muita insistência lá se levanta (contrariada) e vai para a sala.
Eu não estava muito enérgica ontem, mas ela não me desafiou muito e aquela horinha (que passa sempre mais rápido do que devia) correu bastante bem.
Para a semana há mais.



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Vanessa S.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Diário de uma Voluntária de Saltos #3

Hoje foi um dia mais complicado.
Chego à escola por volta da mesma hora de sempre, vou buscá-la à sala e a professora comentou que ela se tinha portado mal (sinceramente, não me surpreendeu). Já vinha com coisas pensadas para ela fazer. Comprei um caderno onde ela pudesse desenhar (em vez de ser no meu caderno da faculdade) e troxe umas canetas e lápis de cor que tinha em casa, nas catacumbas da minha gaveta da tralha. Pedi que ela desenhasse a casa dela e a família, para tentar perceber o que se passa e se tem algum tipo de problemas em casa (coisa que se verifica bastante nestas crianças que apoiamos). Toda contente e bem disposta aceita e põe mãos à obra. Enquanto desenhava fui fazendo perguntas. Comecei por perguntar como tinha corrido o fim de semana. Não me dá muita conversa. Diz-me que correu bem, conta-me uma situação em que o irmão a assustou e pouco mais. Puxo a conversa do comportamento e pergunto porque é que a professora tinha dito aquilo, mas ela continua a pintar como se não tivesse ouvido. Digo-lhe que me pode contar, que não me vou chatear com ela por causa disso, mas ela nem abre a boca para falar do assunto. Até compreendo esta atitude, ainda estou a tentar ganhar a confiança dela. É apenas a 2ª vez que lá vou e, apesar já gostar imenso dela, é normal que ela ainda não me queira contar tudo, especialmente  as coisas menos boas. Sinto que ela ainda me está a tentar impressionar para que goste dela (mal ela sabe que já estou completamente rendida).
Nisto ela está a acabar de desenhar uma casa. Pergunto se é a dela e ela diz-me que não. Muda de folha e começa de novo a desenhar. Volta a desenhar uma casa (bastante semelhante à anterior) e digo para desenhar a família. Pergunto-lhe se vive com os pais e com os irmãos. Diz-me que sim. Pergunto se os irmãos são mais velhos ou mais novos. Conta-me que tem uma irmã e um irmão mais velhos (apesar de não saber as idades) e um irmão mais novo. Não faz qualquer referência aos pais. Desenha a irmã a amarelo e (só depois de eu pedir) o irmão a vermelho. Diz-me que já acabou e que não quer desenhar mais. Também não faz nenhuma referência dos pais no desenho (começo a ficar desconfiada de que algo de errado se passa).





Farta-se de desenhar (ainda deve ter aguentado uns 10 minutos o que, para ela, já é bastante bom) e vai buscar um puzzle. Começa a tentar montar mas, como verifica que está a ter pouco sucesso, farta-se e desiste. Ajudo-a a tentar montar o puzzle, tento explicar que não podemos desistir e que, se começamos temos de acabar. Foi em vão (aparentemente, lições de moral pela manhã não resultam... teimosa...).
É hora do lanche da manhã. Fomos buscar o habitual meio pão com manteiga e o leite com chocolate e regressamos à sala. Já tinha reparado que era uma criança super energética, mas hoje parecia que lhe tinham posto pilhas novas! Estava imparável! Começa a andar de uma lado para o outro na sala, aos pulos e na brincadeira quando decide rir e beber o leite ao mesmo tempo. Conclusão, parecia um chafariz de leite com chocolate. Digo-lhe que tem de limpar o que sujou e dou-lhe um lenço. Atira-se para o chão e começa a limpar (limpou mais com as calças do que com o lenço, acho que ela não percebeu bem o que era pretendido...) sempre com se estivesse ligada à tomada.
Não consegui fazer mais nada de "produtivo" com ela. Depois do lanche da manhã ela costuma ficar sempre mais agitada, talvez porque os amiguinhos estão também no intervalo. Desarrumou uma data de jogos e filmes e não gostou muito da ideia de lhe dizer que tinha de os arrumar a seguir. Tentei manter-me firme e assertiva e ficou tudo arrumado (dentro do possível). Quero que ela saiba que também tenho um lado sério quando é preciso. Começa com a ideia de que quer ver um filme e vai logo buscar uma panóplia de cassetes. Tento convence-la a fazer outra coisa, mas ela insiste na mesma ideia (gosta sempre de me desafiar). Digo que não temos autorização para mexer na televisão e no vídeo e, depois de várias insistências e um amuo (que passou depressa) vai arrumar as cassetes no sítio.
Mas não foi tudo "mau" neste dia.
Ela decide atirar-se para uns puffs que estavam na sala, arrasta-os, tapa-se com eles e, por fim deita-se. Vou ter com ela e encho-a de cocegas. Encolhe-se toda e  desmancha-se a rir. Depois "deito-me" ao lado dela e ela encosta a cabeça sobre a minha barriga e agarra-se a mim (deve ter durado para aí uns 10 segundos, uma vitória, tendo em conta que se trata da Nicole). Depois, vai na direção de um microfone e começa a dar um mini concerto. Ainda sentada no puff, "danço" ao som da música e a bato palmas. Disse-me que era uma música da violeta, mas não percebi uma única palavra.
Quando lhe digo que tem que arrumar as coisas porque está na hora de me ir embora começa a fazer birra. Não quer que me vá embora. Insiste sempre para eu ficar e arranja sempre outras coisas para fazer para que não possa ir. Volta a desarrumar os microfones, vais buscar mais jogos... por fim, deita-se nos puffs e finge que está a dormir. Com voz séria, digo que tem de ser, que sei que não está a dormir e puxo-a pelo braço para se levantar. Levanta-se e volta a deitar-se no chão e a cena repete-se. Digo que vou ficar chateada com ela e ela, não muito convencida e ainda menos conformada com a situação levanta-se. Ajudo-a a vestir a camisola (que tinha despido porque estava com calor), digo-lhe (como lhe havia dito a semana passada) que voltarei na próxima quarta feira à mesma hora. Nisto, outra amiga pequena (de uma amiga minha) decide apagar a luz. Finge que tem medo e agarra-se a mim (caio com de rabo no chão), mas não a largo. No fundo só queria miminhos. Peço lhe que me prometa que se vai portar bem (apesar de saber que é pouco provável que o faça).
Levo-a à sala e deixo-a no lugar. Relembro-lhe que me prometeu que se ia portar bem, dou-lhe um beijinho e venho-me embora.
Sem que ela se aperceba, cá fora, falo com a professora. Pergunto-lhe como é que ela se tem portado e confirma-se tudo o que pensava. Conta-me que ela é muito desatenta e irrequieta, quando está ao pé dela ela consegue fazer bem as coisas mas, quando a professora se afasta é um problema. Diz-me ainda que já falou com a mãe e a única coisa que esta lhe disse foi: "Pois...". Não se importa muito com o assunto.
É uma criança que não está habituada a ter regra nem a que lhe sejam impostos limites e, por isso, tem muitas dificuldades em estar quieta e concentrada na sala de aula.
Sei que tenho de a ajudar. Quero muito fazê-lo e, já pensei em várias coisas para fazer para a semana para a tentar encaminhar. Vamos dar passos pequenos, sou paciente. Tenho muita esperança mas, ao mesmo tempo, tenho medo de não conseguir...
Apesar de tudo, saio sempre de lá com o coração quentinho.
Uma coisa é certa, por mais que ela me desafie e não se porte bem, já não consigo deixar de gostar dela e não vou desistir de forma nenhuma.
Enfim, uma semana de cada vez...



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Vanessa S.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Basta que me Batas uma Vez

Hoje, dia 25 de Novembro, é o dia internacional pela a eliminação da violência contra as mulheres.
O facto de ter que haver um "dia" para sensibilizar as pessoas e para a relembrar que isto existe é vergonhoso. É vergonhoso que, nos dias que correm, no século em que estamos, ainda ocorram este tipo de atos de violência.
Basta! Já chega! Não conseguimos mudar radicalmente as coisas do  dia para a noite. Tudo começa com pequenos gestos. Hoje vamos mostrar que estamos solidárias para com as vítimas destes atos. Vamos publicar uma foto no instagram e, junto dos lábios, identificar a páginas da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), com a legenda: Basta que me batas uma vez e #25novembro.
Juntem-se a este movimento, mostrem o vosso apoio. Quem sabe se realmente não fará a diferença.




Eu já publiquei a minha, E tu?

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Vanessa S.

domingo, 23 de novembro de 2014

Manicure de Sábado à Noite #6

Pois, desta vez a Manicure de Sábado à Noite é ao domingo. E porquê? Porque estou afogada em artigos da faculdade para ler! Apesar de toda esta desgraça, consegui arranjar um tempinho para pintar as unhas (coisa que já não acontecia há bastante tempo) e, por isso, cá estão elas.

Esta semana, optei por fazer um padrão tartan (ou xadrez, mas eu gosto do nome mais pomposo). Está presente em tudo o que é cachecóis, lenços, camisas, casacos (e por aí adiante). Pintei as restantes unhas de preto 1º para não ser demasiado piroso e 2º porque pinta-las todas com padrão dava uma trabalheira e, não tenho tempo para tal. Apesar de muita gente não gostar, acho que é um clássico para esta estação do ano.






1. Visions Nail Art, Black Deco
2. H&M, Pink
3. Risqué, Preto Sépia
4. H&M, Hot Minnie
5. Cliché, Branco
6. Risqué, Ultra Brilho


Então, o que acham? Gostam? São a favor ou contra o verniz preto?
Algumas sugestões para futuras manicures?




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Vanessa S.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Diário de uma Voluntária de Saltos #2

Hoje foi o 1º dia, a sério que tive com a minha Amiga Pequena. Estava um bocadinho ansiosa porque não sabia bem o que iria fazer durante uma hora com ela, uma vez que não nos conhecia-mos. Até já tinha pedido conselhos a um amigo que já participa no Projeto desde o ano passado. No entanto, o que inicialmente parecia "demasiado" tempo, tornou-se em menos de um instante.
Foi buscá-la à sala, uma vez que, quando cheguei, a aula ainda estava a decorrer. A professora chamou-a e ela veio a correr ter comigo e agarrou-se, toda feliz da vida, às minhas pernas (afinal, para além de visitas, ainda pode sair mais cedo da aula, o que pode uma criança mais pedir?) "Eu já sabia que tu vinhas hoje" diz ela, com o maior sorriso (vá, devo confessar que o meu cubo de gelo derreteu com este gesto de ternura).
Pousei as minhas coisas numa sala, e pedi que me apresentasse a escola, juntamente com uma coleguinha dela, que é Amiga Pequena de uma amiga minha (que também veio comigo e faz parte deste Projeto). Enquanto a minha amiga e o rebento dela iam, descontraidamente pelos corredores, a Nicole, apesar de, inicialmente, me ter dado a mão, em menos de segundos já estava a correr pelo corredor fora e a espreitar pelas fechaduras. Depois da visita guiada, ao que me pareceu um pequeno labirinto, fomos para uma salinha onde havia livros, filmes e uns computadores (da idade da pedra). Perguntei-lhe o que queria fazer, automaticamente foi à procura de livros. Em menos de 2 minutos, já tinha tirado para aí uns 3 da estante e já os tinha "lido" todos. Perante tanta agitação, propus que fizesse um desenho. Concordou. Abri o meu caderno (supostamente da faculdade, mas que, muito provavelmente, ela vai dar mais uso do que eu) tirei o meu estojo onde tenho umas canetas com cores e elas lá esteve entretida durante 5 minutos, até decidir ir fazer outra coisa, e voltar ao desenho. É uma criança cheia de energia e vitalidade. Dificilmente está sentadinha e entretida. Só está bem a  correr de um lado para o outro ou a saltar (mas deixam este miúda ligada à corrente durante a noite?!).

Obra de arte nº1


Saímos para ir buscar o lanche da manhã. Estava na hora do intervalo e os outros meninos viram-nos a entrar de novo para a sala. Toda social, e mandona, começa a convidar umas amigas para virem para a sala e a mandar outras embora. Quando dou por ela já estão mais 3 ou 4 crianças na sala. Pede-me que lhe leia uma história porque diz que gosta que leia para ela. Sento-a ao meu lado e começo a ler. Não passam nem 2 minutos e ela já está na outra ponta da sala em cima de uma cadeira a apagar as luzes (por algum motivo deve ter achado que aquilo era boa ideia). Acalma durante um bocado e pede-me que faça um desenho: uma casa, uma árvore que dê laranjas e morangos, e uma flor. Enquanto me dá as indicações da tarefa a realizar, diz-me que devo contornar o desenho com uma caneta (um marcador verde florescente que tinha no estojo) e que depois apagasse as linhas a lápis (sim, senhora professora!). Disse-lhe que eu desenhava, mas que tinha de ser ela a contornar. Aceitou e assim foi. Sentamos-nos as duas na mesma cadeira (vá-se lá saber onde a outra foi parar) e, para minha grande surpresa, ali ficou ela a contornar, toda trapalhona e apressada, como já percebi ser caraterístico nela. Pede-me para ficar com o desenho, digo-lhe que sim e peço-lhe para arrumar as coisas, pois está na hora de me ir embora. "Mas já?! Só mais um bocadinho!" Consegue roubar 10 minutos a mais do que o tempo previsto. Prometo-lhe  que voltarei todas as quartas à mesma hora. Levo-a à sala e ela, com o maior sorriso na cara pergunta-me: "Vens passar o Natal comigo?" Ok, desta é que não estava mesmo à espera...! Derreti-me qual cubo de gelo em plena tarde de Agosto. "Vais portar-te bem?" disse eu, "Sim" responde ela. "Então vou pensar nisso." disse-lhe. Quando estava prestes a entrar para a sala, agachei-me e pedi-lhe um beijinho. Deu-me um beijo e um abraço tão grandes que quase que ia tombando para o lado. E lá voltou ela para a sala.


Obra de arte nº2


É uma terrorista em ponto pequeno. Sei que, muito provavelmente, não é sequer exemplar nas aulas e que, talvez, isso se possa dever a falta de atenção por parte da família ou algo do género. Depois de sair da escola, apanhei uma valente molha, saí de lá cansada mas imensamente feliz. Apesar de todas as travessuras típicas de uma criança desta idade, aquele beijo e abraço, no final da manhã, compensaram tudo! Aquela hora passou num instante e, neste momento, mal posso esperar por a voltar a ver para a semana. Só consigo pensar nas atividades que posso fazer com ela para a semana. Tenho que pensar em alguma coisa... ou em várias, que ela farta-se num instante.
As crianças são mesmo o melhor do Mundo!


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Vanessa S.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O Fim do Chocolate?!

Hoje parecia um belo dia de chuva, como tantos outros que este Outono/Inverno nos reserva, mas longe estava eu de imaginar o que me esperava.
Mais um dia de faculdade, como tantos outros no semestre, quando uma amiga minha me decide brindar com a seguinte notícia: - Olha, nem sabes! Li uma notícia ontem a dizer que o chocolate pode acabar!!
Desculpa?! Como é que é?! Devo estar a perceber mal de certeza!! Mas o que é isto? Um ultraje! Uma hecatombe!
Acabem com os feriados (os poucos que nos restam), com as festas académicas, com a época de saldos, mas o chocolate é  que não!!

Ver notícia aqui


Expliquem-me! Vá, expliquem-me como é que vou sobreviver à época de exames? E não finjas que não enfardas chocolates como se a tua média dependesse disso, porque todos sabemos que é verdade.
Escusado será dizer que fiquei deprimida para o resto do dia.
Só vos digo uma coisa: se, por mero acaso, uma onda de assaltos invadir  super e hipermercados, lojas de conveniência e mercearias de bairro, devo dizer, em minha legítima defesa, que não tenho nada a ver com isso...
Com tudo isto, resta-me apenas atestar a despensa e rezar para que não passe de um falso alarme.


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Vanessa S.

domingo, 16 de novembro de 2014

De Saltos às Compras #4

Já há imensoooo tempo que andava à procura de um colete de pêlo (bem sei que estou um bocado atrasada na tendência). Para falar verdade, eu ver, ver, já tinha visto muitos. O preço é que nunca me agradou... Recusava a dar 30€ ou 40€ por um bocado de pêlo sem mangas! Por mais giro e tendência que fosse!
Então, andava eu a passear pela Primark, a fingir que não tenho uma resma de artigos e trabalhos da faculdade para fazer, como se tudo nesta vida fossem arco-íris e unicórnios, quando vejo um colete de pelo num manequim assim num tom castanho-acinzentado. Pensei que não ia haver o meu número, como quase sempre acontece na Primark, mas não! O 1º do cabide era o meu número e adivinhem o preço: 15€!!! Foi o destino! Pertencíamos um ao outro!





Este colete é de pêlo sintético à frente e atrás (e já tem nome, é o tambor*),  tem malha dos dois lados e fecho à frente. Para ser perfeito só faltam mesmo os bolsos que dão sempre jeito.


Também gostam desta tendência de usar pêlo sintético?


*se percebeste a referência ao filme do Bambi, tiveste uma infância feliz :)



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Vanessa S.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Diário de uma Voluntária de Saltos #1

Sempre achei muito importante a prática de voluntariado. Uma experiência de vida em que (todos dizem) recebemos muito mais do que o que damos. Finalmente, ganhei coragem e cheguei-me à frente! Apesar de já praticar voluntariado interno na minha faculdade (na receção e acompanhamento de alguns alunos do 1º ano que, devo confessar, está a ser fantástico) decidi praticar voluntariado com crianças.
Abracei o Projeto Amigo Grande, Amigo Pequeno.

"Consiste no estabelecimento de uma relação de confiança e amizade entre um jovem universitário e uma criança sinalizada durante 1 ano."

No fundo, é-nos atribuída uma crianças com problemas de auto-estima, falta de confiança, carências afetivas... O que se pretende é dar carinho, que é o que falta a estas crianças que, por vezes, vivem com famílias desestruturadas. Estamos com a criança uma hora, uma vez por semana. Para nós é, pouco relativamente a tempo mas, para ela, representa muito.
Ontem fui, pela primeira vez, à escola para saber qual seria o meu Amigo(a) Pequeno(a). Ia ansiosa e curiosa pois não sabia bem o que esperar ou o que havia de encontrar. Entramos na escola, e somos "recebidos" por um rapazito, com cara de reguila, que andava a correr pelos corredores. Estivemos algum tempo na reunião (que foi "interrompida" por alguns curiosos que iam abrindo a porta) e fui brindada com uma Amiga Pequena do 1º ano.  
Apresentaram-nos a professora, que nos convidou a ir à sala de aula apresentar-nos ao pequenos. Quando entro pela sala o meu 1º pensamento foi: "Ohh! Eles são tão mais pequeninos do que eu estava à espera!". Tinham todos cara de safados mas, aqueles enormes e tímidos sorrisos, derreteram-me completamente. A professora introduz-nos, explica porque estamos ali e, de repente, esta "grita": "Nicoooole!". Olho para uma menina, na fila da frente, com o cabelo pelos ombros e sorriso ternurento que, depois daquela chamada de atenção, ficou super envergonhada. "É a minha", sorrio para ela e pisco-lhe o olho (não sei bem se ela reparou). Ainda não sabe que sou a Amiga Grande dela, mas vai ficar em breve. 
Este voluntariado tem a duração de 1 ano (até ao final do ano letivo). No entanto, é possível dar acompanhamento à nossa criança até esta terminar o 4º ano (altura em que mudam de escola). Estive naquela sala só durante 5 minutos mas, ao ver a minha Amiga Pequena, pensei que a vou querer acompanhar o máximo de tempo que puder (este ano está garantido!). 
Estou muito feliz por estar integrada neste projeto, apesar de anda não ter começado. Vou começar para a semana e, sinceramente, estou (como se diz em bom português) cheinha de miaúfa! Medinho! Ainda não sei bem o que lhe vou dizer quando me apresentar oficialmente, entre vários outros medos me "atormentam" a alma: "E se ela não gostar de mim?", "E se, realmente, não a conseguir ajudar?"... 

Tentarei todas as semanas registar e partilhar aqui no blog a minha experiência de voluntariado que, uma vez que envolve crianças, será imprevisível. 

E vocês praticam ou já praticaram voluntariado?
Partilhem as vossas experiências pessoais :)

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sábado, 8 de novembro de 2014

Boas Surpresas da Vida

É difícil de explicar e ainda mais complicado de compreender, mas há pessoas que, apenas por serem quem são me conquistam. Pessoas que, apesar de as conhecer à pouquíssimo tempo, já conquistaram um lugar muito especial no meu cubo de gelo, a que muitos costumam chamar de coração. 
É uma grande empatia, uma enorme felicidade e tanta confiança que, nem sei bem como surgiu... Só sei que já não me imagino sem elas. É como se tivessem passado de conhecidos, automaticamente para membros da família (como se, realmente, fosse necessário subir de estatuto em estatuto para atingir tal cargo).
Não sei bem como, mas sinto que estarão lá sempre para mim, assim como estarei cá sempre para elas. Não como "paga" ou retribuição do que fazem/poderão fazer por mim, mas porque quero, também eu, fazer parte das suas vidas. 

"As coisas boas chegam com o tempo. As melhores, de repente"

Confirma-se.

"Há amigos que se tornam família"

A família que eu escolhi.
São as boas surpresas da vida!







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sábado, 1 de novembro de 2014

O Pedido de Pizza mais Chocante do Mundo

Aparentemente, tudo parecia indicar que se tratava de um banal e corriqueiro pedido de pizza, mas não era...
Podia parecer uma brincadeira, por sinal, de muito mau gosto, mas não era...

Uma mulher, vítima de violência doméstica, ligou para pedir ajuda enquanto fingia que estava a pedir uma pizza. Esta foi a forma que esta mulher arranjou de não chamar à atenção do agressor que se encontrava a seu lado:


“- 911 (serviço de emergência dos Estados Unidos), qual é a emergência?

- Rua Maine, 123.
- Ok, o que está acontecendo aí?
- Eu gostaria de pedir uma pizza.
- A senhora ligou para o serviço de emergência.
- Sim, eu sei. Quero uma pizza grande, meia pepperoni, meia cogumelo com pimentão.
- Mmmm, desculpe, você sabe que ligou para o 911, certo?
- Sim, você sabe quanto tempo vai demorar?
- Ok, está tudo bem aí? A senhora está em uma emergência?
- Sim, estou.
- E não pode falar porque tem alguém ao seu lado?
- Correto. Você sabe quanto tempo vai demorar?
- Tenho um policial há cerca de dois quilómetros da sua casa. Há alguma arma na casa?
- Não, até logo, obrigada.”









Felizmente, do outro lado da linha, a vítima encontrou alguém que se apercebeu de que algo não estava certo e conseguiu dar o encaminhamento correto à ocorrência.
Um verdadeiro ato de coragem.

Infelizmente, estes casos acontecem mais do que pensamos.
Ficar calado não é a solução! Denunciem estes monstros! Ninguém merece viver assim!

Há sempre uma forma de sair desta situação, contactem a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) www.apav.pt :

APAV- Serviços Centrais de Sede
Rua José Estêvão, 135 A, pisos 1/2

1150-201 Lisboa
Portugal
telefone: 21 358 79 00
fax: 21 887 63 51
email: apav.sede@apav.pt


Serviços de Sede no Porto
Rua Aurélio Paz dos Reis 351 
4250-068 Porto 
telefone: 22 834 68 40 

fax: 22 834 68 41
email: sede.porto@apav.pt



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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Regressão à Média

Este post nada tem a ver com estatística ou matemática. Tem antes a ver com todas as contas que fazemos à vida.
Já todos tivemos aqueles dias em que, parece que tudo acontece ao mesmo tempo. Que tudo parece o fim do mundo. Dias quase intermináveis. Aqueles em que pensamos: "Mas porque raio é que me levantei da cama hoje?!", "O que é que ando a fazer com a minha vida?!", "Porque é que isto só me acontece a mim?!". Mas também já tivemos aqueles dias em que parece que vamos rebentar de felicidade. Que não conseguimos evitar aquele sorrisinho parvo e só nos apetece dar pulos de alegria. Onde tudo parecem arco-íris e unicórnios. O que é que estas situações têm em comum? Aparentemente, nada. Mas, a verdade, é que nenhuma delas dura para sempre. Não importa o quão feliz ou tristes estejamos neste momento pois, mais tarde ou mais cedo dar-se-á uma regressão à média. Tudo voltará ao seu estado dito "normal". É como se a nossa vida fosse uma reta (apesar de todos os altos e baixos). Não interessa o quanto à frente ou trás estamos posicionados nela, mais tarde ou mais cedo, regressaremos ao centro.
É como se costuma dizer: "Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe".
Por isso, se estás a passar por uma situação menos boa lembra-te disto. Melhores dias virão, tenho a certeza!








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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Que Toda a Inveja Vire Dinheiro

Tenho a certeza que já sabem do grande falatório que vai para aí, sobre uma foto tirada de um ângulo menos bom, à Jessica Athayde. Sinceramente, e apesar de todas as posteriores justificações dadas, acho ridículo. A Jessica é um mulherão! Tem tudo no sítio, curvas onde muitos homens gostavam de se perder e, realmente, é esse o "problema". Todas as críticas devem-se, exatamente, ao facto de, muitas mulheres, desejarem ter o corpo dela. Toda a gente sabe que ela de gorda não tem nada! E, por isso, na minha terra, isto chama-se dor de corno cotovelo! Diz-se, por aí, que hoje é o dia mundial do pão e, só tenho a dizer, que a Jessica é broa de milho, pão integral, de sementes, fatiado, com ou sem côdea...! Quem dera a muitos padeiros...





Acho deveras triste que, certas mulheres, tenham a necessidade de (tentar) humilhar e rebaixar outras para se sentirem mais fortes e melhores consigo próprias. Depois, anda meio mundo a dizer que não compreende como é que existe anorexia o bulimia. Cada um deve sentir-se confortável e confiante em relação ao seu corpo, sem ter de pensar no que os outros vão dizer. É vergonhoso sentir que é nesta sociedade que vivemos! 

"Cada mulher é um mundo muito para além do corpo que a recebe. Apoiem -se. Defendam -se. Não permitam olhares redutores sobre aquilo que somos.
A dignidade da condição feminina passa também pelas mulheres perceberem que têm se unir nessa procura e nessa luta."
Jessica Athayde

Chega de andar a falar mal do corpo das outras, quando, na verdade, é com o vosso que não se sentem bem. Aprendam a gostar de vocês e do vosso corpo. Aprendam a ser felizes tal como são! Vamos apoiar-nos umas às outras. Vamos apoiar a mulher(es) ao nosso lado! Vamos publicar uma foto no intagram/facebook/twitter com #SheForShe . Ela por ela. Uma forma de sensibilizar as pessoas para estes casos. Mas isto não vale a pena se não se começar a praticar o que se defende. Querem mudar mentalidades? Comecem por mudar certas atitudes.



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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

E Tudo a Chuva Lavou

Bom, parece que a chuva veio para ficar e, como gosto muito de vocês e não quero que andem por aí encharcadas, deixo-vos aqui algumas sugestões de chapéus de chuva. Mas giros, porque não quero que andem para aí a dizer que não gostam de andar com o chapéu do avô que é todo preto e sem graça, ou o da avó que tem um padrão floral que mais parece aquela toalha de mesa em oleado que está nas catacumbas da gaveta da cozinha e que nunca usamos porque até devia ser considerada poluição visual.



Chapéu de chuva com padrão floral
Stradivarius: 9.95€

Chapéu de chuva com padrão leopardo
Stradivarius: 9.95€

Chapéu de chuva com padrão floral
(mais giro do que o da avó)
Parfois: 9.99€


Chapéu de chuva transparente
Parfois: 7.99€

No entanto, tendo em conta as cargas de água que se têm feito sentir ultimamente (espero, sinceramente, que alguém já tenha começado a construir a arca), decidi acrescentar mas alguns "utensílio" que, muito provavelmente, vos darão muito jeito (e a mim também) para os dias que se avizinham.



Braçadeiras

Colete salva vidas


Barco insuflável

Se eu fosse a vocês tomava em consideração os meus conselhos. Lisboa ainda se transforma em Veneza mais rápido do que imaginamos e, por isso, mais vale estar prevenido. Segurança sempre em primeiro lugar! Depois não digam que não vos avisei...


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sábado, 11 de outubro de 2014

Oriflame| Pure Nature

Hoje partilho com vocês dois dos meus produtos preferidos da Oriflame. São produtos de pele: um creme hidratante e um gel de limpeza.
Eu tenho pele seca e, por vezes, torna-se um pouco difícil encontrar cremes que sejam suficientemente hidratantes e que não me façam parecer uma bola de espelhos, de tão gordurosos que são. Este creme hidrata e é bastante leve no rosto. Costumo utiliza-lo todos os dias de manhã antes de sair de casa.
O gel de limpeza uso-o menos vezes, porque sou uma preguiçosa e, ultimamente, não tenho conseguido manter uma rotina diária de pele (ups..!). No entanto, basta aplicar uma pequena quantidade nas mãos, massajar o rosto, retirar com água e a pele fica super macia e claramente mais limpa e fresca.
Já adquiri estes produtos à algum tempo e, por isso, não sei se ainda se encontram à venda. Infelizmente o meu creme acabou-se e estou a pensar se o volto a comprar (se o conseguir encontrar) ou se compro um novo para experimentar (decisões, decisões...). Seja como for, mantenho-vos atualizadas.




E vocês, já conheciam estes produtos? Consegues resistir à preguiça e manter uma rotina diária de cuidados com a pele? Quais os vossos produtos preferidos?


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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Don't Panic Button

Hoje, dia 10 de Outubro, é Dia Mundial da Saúde Mental. Associado a este dia está uma campanha: Don't Panic Button (que é como quem diz, O Botão para não entrar em Pânico). O conceito é: normalmente, quando se vê um botão vermelho, associa-se a pânico/perigo/emergência, que também está associada à cor vermelho.


Muitas pessoas que sofrem de ataques de pânico e ansiedade podem acabar por se isolar um pouco. O que se pretende é que, se use um botão vermelho, de qualquer tamanho ou feitio, em qualquer sítio, num casaco, numa camisola, numa mochila... Como um sinal de solidariedade para com todas as pessoas que sofrem de ansiedade, inclusivé pode ser o teu caso. Assim, quando andarmos na rua e virmos alguém com um botão vermelho, podemos pensar que, aquela pessoa, pode sofrer de ansiedade, ataques de pânico ou qualquer outra doença mental. Podes realmente perceber que não és o único. Isto não é um caso isolado. Assim, basta um sorriso, um abraço, demonstrar algum apoio... É uma forma de abrir um pouco o mundo para estes temas. E, de certo modo, mostrar às pessoas que não estão sozinhas!





Se aderirem a esta ideia partilhem fotografias do vosso botão vermelho com #DontPanicButton quer seja no facebook, instagram ou twitter. Acreditem que, mesmo com pequenos gestos, podemos fazer a diferença. Vamos apoiar esta causa.






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domingo, 5 de outubro de 2014

Trajofobia

Trajofobia é algo que se tem visto muito por aí, no entanto, poucas pessoas devem conhecer o nome. Trajofobia é o medo/repulsa/terror (a lista poderia ser bem mais vasta) por pessoas que usam o traje académico (devido à elevada ocorrência do fenómeno, esta palavra está, brevemente, num dicionário perto de si).
Lembro-me perfeitamente que, desde muito nova, que via raparigas trajadas nas ruas, achava imensa piada e, um dos meus sonhos, passou mesmo a ser, um dia, também poder trajar. Felizmente consegui concretizar o meu sonho e, hoje, um dos meus maiores orgulhos é, realmente, poder vestir o traje académico. Por tudo o que ele simboliza para mim.
O traje é um direito académico. Uma tradição de há muitos anos. Qualquer pessoa que entre no ensino superior pode utilizá-lo, se assim o desejar. Mas, por tudo o que anda nas bocas do povo, por toda a m#$%& que uns se lembram de fazer, há sempre aqueles que levam por tabela sem terem culpa nenhuma. Sim, é verdade que o traje está, de alguma forma, ligado à praxe. Mas não só! Poder usar o traje académico deve ser um motivo de orgulho. Marca uma nova etapa na nossa vida e devemos orgulhar-nos disso!
Contudo, hoje em dia, qualquer portador de tal indumentária, é olhado de lado, como se fosse o animal mais raro e assustador do Zoo (e digo-vos que, se o olhar matasse, já tinha o pernil bem esticadinho), marginalizado por muitos, obrigado a ouvir comentários que não se deviam dizer a ninguém... E isto porquê? Porque vestimos algo que é nosso por direito? Há carros que aceleram quando tentamos atravessar as ruas, já ouvi falar de casos em que pessoas levaram uma tareia por estarem trajados! Sinceramente, isto muito triste.
Todos os dias se tenta lutar contra estereótipos, preconceitos estúpidos e agora, cá têm mais um.
É verdade que o caso do Meco foi grave, teve muito impacto na sociedade (especialmente devido à grande necessidade da comunicação social querer sempre ganhar mais audiências a todo o custo), foi algo bastante triste mas, na minha opinião, este caso, em nada estava relacionado com a praxe (pelo menos com a boa praxe que, felizmente, constitui uma maioria).
Será que estou condenada a viver numa sociedade que me faz ter "medo" de ter entrado numa das melhores etapas da minha vida? Quantas vezes mais é que terei de voltar a ouvir que deveria morrer afogada quando o meu único "erro" foi ter entrado na faculdade?
Sim, faço parte da praxe. Sim, tenho orgulho em dizer isto.
Sim, continuarei a usar o meu traje com o maior orgulho! Continuarei a usá-lo sempre que me apetecer porque é meu, e o mereço.
"O pior cego é aquele que não quer ver" e o nosso problema é que temos pessoas que não sabem do que falam, cheias de certezas. "A pior miopia é daqueles que enxergam mas não querem ver a verdade".

















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