sábado, 18 de abril de 2015

Diário de uma Voluntária de Saltos #18

Por entre taquicárdias de apresentações e insónias de trabalhos, lá fui eu (em modo zombie) ter com a minha peste. Foi uma semana bastante difícil, não andava a dormir mais de 6 horas por noite e "rezei" muito para que ela estivesse calminha. Honestamente, só me apetecia ficar a repor as horas de sono que havia perdido durante os restantes dias, mas o compromisso fala mais alto. Nunca iria faltar à minha promessa de ir todas as semanas, simplesmente para ficar a dormir. Por isso, levantai-me e pus os pés a caminho.
Ia ter uma aula na quarta-feira de manhã, por isso havia avisado a professora de que ia na quinta. Ela informou-me que eles iam ter natação às 11 horas, portanto fui um pouco mais cedo do que o habitual.
Chego à sala e qual não é o meu grande espanto quando olho para a minha pequena e esta tem uma madeixa loira na franja. Eu vou explicar-vos melhor o panorama: ela tem o cabelo castanho escuro, pelos ombros, está a deixar crescer a franja e agora tem uma madeixa de cabelo oxigenada!!! Quando vi aquilo não sei se me deu mais vontade de rir ou de chorar (chamem a fashion police!).
Sentei-me ao seu lado. Esta a fazer o "G". Estava tudo até bastante bem feito. Sinto-me bastante orgulhosa quando vejo que ela está a conseguir fazer os trabalhos de forma muito mais perfecionista. Sinto que toda a minha insistência está a dar frutos. Noto também que, pelo menos quando eu lá estou, ela está mas sossegada na sala (apesar de continuar a cabeça no ar de sempre). Já sabe muito melhor as letras e consegue juntá-las se eu estiver ali ao pé dela a acompanha-la. No entanto, tanto a semana passada como esta, reparei que anda a bocejar muito. Algo que não é costume. Vou estar em cima do assunto e tentar perceber o que se passa.
Afinal eles não iam para a natação as 11 horas, mas sim às 10:30. Ou seja, fiquei lá com ela apenas 30 minutos.
Acho que ela já não se lembrava que me havia pedido um desenho na semana passada. Mas eu não me esqueci (só tive tempo de o fazer no metro enquanto me deslocava para a escola, mas fica a intenção). Entreguei-lho e ela, orgulhosamente, foi mostra-lo à professora. Ao contrário do que se possa pensar, é fácil fazer uma criança feliz. O segredo está mesmo nos pequenos gestos.
Não tinha vontade de vir e, no final, não tinha vontade de ir. Esta semana soube a pouco, mas para a semana há mais.

Tipo assim, mas menos chinesa e com o cabelo mais curto (ah! e desdentada!)...
Lindo né?


Lembrem-se:
Keep your heels, head and standards high,
Vanessa S.

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