Sou uma pessoa bastante curiosa. Gosto de pensar e de ter uma opinião sobre os mais variados assuntos. Contudo, há temas que não me despertam grande interesse.
Não percebo nada de política e, muito honestamente, cada vez tenho menos vontade de perceber. Eu sei que devia. Que para além do direito ao voto, é também nosso dever votar e que, se não estamos satisfeitos, mais um motivo para o fazermos. Mas, também para que este possa ser exercido convenhamos que dava jeito ter alguém minimamente credível em quem votar. É fácil prometer aquilo que ainda não é nosso, difícil é depois arranjar meios para o fazer (e quase nunca acaba por se realizar). Prometer o impossível também era dispensável afinal não andamos a comer gelados com a testa (tirando quem não consegue ver o que se passa mesmo à frente do nariz que, só posso crer que coma mesmo gelados com os olhos). Estamos com a corda na garganta e a única forma de não sufocar é continuar a fazer sacrifícios e a pagar impostos (lamento mas não vão por dinheiro nos cofres a gozar feriados em casa e férias nas Maldivas). E não, não tenho nenhum gosto particular em pagar impostos, podia muito bem usar esse mesmo dinheiro para comer croissants de chocolate no Choupanna Café e fazer disparar o meu colesterol. Não existem milagres económicos e enquanto muita gente andar a gastar mais do que o que ganha não vamos a lado nenhum (a existência de menos larápios engravatados também ajudava a não haver um desfalque tão grande na economia nacional, e não, não me estou a referir aos carteiristas do elétrico 28).
De forma geral deixei de ver noticiários. Notícias enviesadas para a negatividade e processadas como mais nos convém não é propriamente a forma me mais me apraz para me manter informada. Contudo, vi este senhor num comício do António Costa/enquanto o António Costa fazia propaganda eleitoral/enquanto o António Costa gastava o dinheiro que andamos a descontar para angariar votos, com um cartaz a dizer "Há outro caminho: políticos a limpar floresta". Eu interpreto isto como: "queremos ministros a fazer a diferença, a lutar pelo que é nosso, pelos interesses de todos e não a olhar só para o seu próprio umbigo". Porque, verdade seja dita, por mais que o país esteja no fundo do poço há sempre alguém que que ir para o governo (pior é que cada vez nos enterramos mais). Porquê? Só não sabe quem não quer. É sempre tudo uma questão de interesses próprios.
E assim, com poucas palavras se ganha um voto. Meu senhor, é o maior! Para mim, já ganhou! Obrigado!
Keep your heels, head and standards high,
Vanessa S.
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